Tal como era esperado, e a Indústria Automóvel vinha a exigir, a Comissão regressou ao princípio que defendemos logo em 2019, da designada neutralidade tecnológica. Ou seja, permitir o cumprimento de metas com uma maior flexibilidade. Os Construtores de Automóveis, não podem correr o risco de pagar milhões de euros de penalização, por não atingirem as metas rigorosas definidas por Bruxelas.
Assim, a Comissão refere que em 2035 a meta de redução total de emissões será de 90% e não de 100%, como acontecia actualmente. Os restantes 10% terão de ser compensados com veículos que utilizem, designadamente, aço de baixo carbono ou combustíveis sintéticos (efuels).
Nos veículos comerciais ligeiros, a meta de redução de 50% de emissões em 2040 passa para 40%. Também nos veículos de empresas, são estabelecidas metas obrigatórias para adoptar veículos com nível nulo ou baixo de emissões.
Esta proposta irá ser agora enviada para o Parlamento Europeu e para o Conselho.
Tal como a ACAP tem defendido, a mobilidade eléctrica está a evoluir a um ritmo superior à média do mercado, mas é ainda necessário alargar a rede de carregamento assim como introduzir uma verdadeira política de incentivo à mobilidade eléctrica. Os veículos eléctricos serão a escolha dominante mas, para fazer a transição, será necessário introduzir alguma flexibilização.
Para que não exista qualquer equívoco, os Construtores de Automóveis investiram centenas de milhões de euros na mobilidade eléctrica e colocaram no mercado mais de 300 modelos de veículos eletrificados. Não pode, por isto, existir qualquer dúvida quanto ao seu compromisso neste tipo de mobilidade.
A ACAP é a única Associação que representa os construtores automóveis em Portugal.
Lisboa, 16 de dezembro de 2025
PRESS RELEASE PR / Nº69
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